segunda-feira, 23 de julho de 2007

Trem bão demais da conta sô!

Quando se fala de minas, logo se vem na cabeça o queijo, pão de queijo, o uai, sô... E se tem uma giria que pode falar bem o que é esse estado é: trem bão demais sô. Já moro a quatro anos e meio aqui em Vitória, mas tem muita coisa que me faz uma falta danada daquela terra. Nunca morei na capital BH, mas adoro aquele lugar. Minha vida mineira vem mesmo é do interior. Andando de cavalo, pegando carrapato, bicho de pé. Toda criança tinha que morar em minas pelo menos um tempo da infância. Lá tudo parece meio mágico e a criatividade vive solta.

Bem me lembro quando era pequena e vivia indo pra roça. Eu e minhas primas tinhamos um clubinho: "Brets Baby". Nem lembro de onde veio o nome e eu sei que é brega por demais, mas era muito divertido. Colocavamos nossas botinas logo de manhã, uma mochila cheia de comida e brinquedos como walk talk para nos comunicarmos. Aquilo era uma aventura e tanto. Enquanto descobriamos os horizontes encontravamos com animais e descobriamos terras perdidas. Tudo era muito magico e nada parecia ser impossivel em todo aquele espaço a ser explorado.

Na minha infância, eu fui amiga da natureza, conversava com árvores e animais. Eles faziam parte da minha vida. Hoje em dia tudo isso é muito dificil, as crianças ficam presas na frente do computador e deixam de explorar o mundo mágico lá fora. Porque quando se é criança, tudo é mágico.

Bom, mas porque desse post? Eu fui pra minas esse fim de semana, pra cidade que eu vou desde que me entendo por gente, e foi lá mesmo que eu comecei a conhecer o mundo. Mas eu não ia falar disso nesse post. Eu ia falar das exposições e como ela pode falar muito sobre a cultura que não atravessa os limites territoriais, e as diferenças que uma linha pode trazer.

Essa epoca do ano é muito ligada a festivais e shows, ferias e friozinho sempre combinam nessas horas. Eu já vi rodeio acontecer aqui em Vitória, mas não se pode comparar. A praia combina com o verão, axé, e não musica sertaneja e chapeu na cabeça. E ontem eu pensei num porque desse limite territorial fazer tanta diferença?

Primeiro, minas gerais é um estado ligado ao gado, ao leite, ao queijo. Porque você acha que mineiro e cachaça combina? Lá tem plantio de cana pra todo lado. Só isso já faz uma diferença danada. É daí que vem essa cultura do rodeio no estado e do queijo. A verdade é que a cultura é muito ligada a econômia do lugar. E eu percebi que a unica diferença no espirito santo, não é a praia. Mas sim a econômia. E a economia do Espirito Santo não é o gado e o leite, mas sim, o plantio. Tem também as colônias alemãs e italianas que fazem as festas que são tipicas do lugar, assim como as exposições em minas.


O bom disso tudo é saber que tudo está ai pra quem quiser ir e conhecer, e que os estados estão de braços abertos para quem chegar.



Nath.